Redação Jornal Coletivo
Carro da comitiva do vice na chapa Tadeu Filippelli riscado com as palavras “PT” e “PSOL”As agressões de militantes ligados ao ex-governador Joaquim Roriz (PSC) a simpatizantes de outros partidos e até a jornalistas se tornaram uma constante nas eleições deste ano. Ontem, durante entrevista ao Coletivo por telefone, o candidato Toninho do PSOL parou a conversa para observar pessoas com bandeiras de Roriz passarem perto de cabos eleitorais de seu partido, um medo que se reflete nas ruas. O grupo tem atuação semelhante à de milícias.No sábado, durante carreata realizada na Ceilândia por Agnelo Queiroz (PT), o grupo interferiu nas manifestações de apoio ao petistas ao ponto de quase entrarem em conflito com militantes do PT, episódio que já havia ocorrido no Riacho Fundo.
Os últimos e mais críticos episódios ocorreram durante o julgamento de Roriz pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde militantes do PT, do PSOL e membros da imprensa foram agredidos.
Ontem, na saída de um debate promovido pela Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), o candidato a vice na chapa de Agnelo, o deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB), teve um carro de sua comitiva atacado por membros do grupo que. Segundo pessoas próximas ao deputado, ele vem sofrendo ameaças.
Antes do debate, simpatizantes de Roriz se aglomeravam na porta da associação comercial. Gritavam palavras de ordem e ofendiam petistas que se aproximavam para apoiar seu candidato. Pareciam dispostos a causar algum incidente que levasse ao confronto entre as duas frentes.
Os relatos que seguem mostram que na verdade o alvo era outro: Tadeu Filippelli. Por muitos anos o hoje candidato a vice governador da capital foi aliado de Roriz, mas graças à aliança nacional entre PT e PMDB ganhou força e espaço, compondo a histórica aliança com o PT no DF, o que causou ciúmes. Roriz era do PMDB, mas saiu e foi parar no nanico PSC.
Agressões na saída do debate da ACDF
Segundo relato de testemunhas que estavam no local, quando Filippelli levantou, pessoas na plateia se adiantaram e avisaram para outros do lado de fora. Estes foram até a saída por onde passaria o carro e começaram a atacá-lo. A policia interveio e foi obrigada a fechar uma das ruas de acesso para que Filippelli saísse. Uma fonte próxima a Filippelli, que pediu para não ser identificada, afirma que o candidato está recebendo ameaças por mensagens telefônicas. O episódio tem se tornado uma constante e assim como aconteceu no TSE, a policia já havia tido que intervir em provocações e agressões de rorizistas diante do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), quando simpatizantes da Lei Ficha Limpa e do PSOL se reuniram para pressionar pela cassação do registro de candidatura de Roriz.
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